segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Série Estudos - Diálogos 1- Estudos

Conversas no ambiente ...

Olá, Boa noite!
Tenho lido todo o material do estágio e da disciplina Questões Multiculturais, pesquisando cada artista em seu movimento, sua linguagem e forma de expressão!

Você não imagina como fico feliz com esta sua informação. O material deste semestre nos apresenta uma perspectiva instigante no que se refere ao pensar o contexto da produção de imagens.


Aprecio muito o trabalho do Fotógrafo Sebastião Salgado, inclusive estive na abertura de uma de suas exposições em Brasília e fico impressionada como ele consegue captar momentos tão fortes, tão íntimos , detalhando o sofrimento, dor , alegria, trabalho , raças , com um olhar muito atento a tantos detalhes, um olhar profundo!


Também sou apaixonada pela produção do fotografo Sebastião Salgado!A imagem postada acima, me remeteu a questões que envolvem registro e criação.

O Sebastião Salgado é fotógrafo jornalista e seu universo de produção de imagens envolve questões de registro de trajetos, de diferentes temáticas. Ele não constroi a imagem (no sentido de produzir o que será fotografado), mas pensa o espaço da composição enquanto faz o registro.Observe como ele tem o domínio do equipamento e da linguagem fotográfica, valorizando expressões, enquadramentos, pontos de vista. É importante ressaltar e observar o teor conceitual dos enquadramentos propostos pelo fotografo. Embora a imagem fotográfica seja processada, pelo aparelho, o fotógrafo conscientemente, elabora seu discurso e imprime nesse processo referências históricas. Agora minha pergunta Marcia! Que referências históricas e estéticas o fotografo Sebastião Salgado imprime em seu trabalho?


Não sabia nem por onde começar. Mas lendo o conteúdo passamos a encontrar ótimas referências. Já conhecia também Vicente Muniz, o artista que fez Mona Lisa de geléia e amendoim e as incríveis fotografias que faz de sua arte com sucata e restos de lixo. Extraordinário e impecável!

Penso (em Vik Muniz) nele como um subversivo jogador libertário no campo da produção de imagens via aparelho. Embora a imagem seja processada por meio do programa inserido no aparelho, é o artista Vik Muniz quem constroe a imagem que será fotografada. Ele subverte a função do aparelho quando propõe que este, registre suas próprias metáforas. Quando ele se apropria da imagem da Mona Lisa de Da Vinci e reconstroe com "recursos expressivos" presentes em nossa contemporaneidade, uma nova Mona Lisa, ele novamente tras para o campo do humano o processo de abstração. Neste sentido, quem abstrai, não será o aparelho produtor de imagens, mas sim, o artista que constroi metáforas que serão posteriormente registradas via aparelho. Gostaria que você a respeito destas questões, para continuarmos nosso diálogo.

A proposta para o trabalho de vocês neste ateliê, é que os aparelhos estejam a serviço de suas metáforas e vocês a serviço dos recursos implantados no interior destes aparelhos.

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